domingo, 30 de março de 2014

GOVERNO DO ESTADO INAUGURA NOVA UNIDADE DO PROJETO BIBLIOTECA PARQUE NO CENTRO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.


 29/03/2014 - 09:28h - Atualizado em 29/03/2014 - 16:34h 

 » Julia de Brito// Fotos: Rogério Santana
Localizado no centro do Rio, espaço recebeu R$ 71 milhões em melhorias na infraestrutura e ampliação do acervo

A Biblioteca Parque Estadual voltou a funcionar, depois de quatro anos de reforma, com novidades. O espaço, que foi construído na década de 80, reabriu neste sábado (29/3). O espaço traz aos moradores do Rio de Janeiro a possibilidade de recorrer a um acervo literário de mais de 200 mil itens, a 20 mil filmes e três milhões de músicas digitalizadas.


Com público estimado de 1,5 milhão de pessoas por ano, a Biblioteca Parque Estadual será a matriz da rede de Bibliotecas Parque implantada pelo Estado. O equipamento cultural, que chama atenção pela amplitude e beleza de sua estrutura, colorido e conforto, é uma realização da Secretaria de Cultura. As obras, que foram executadas pela Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio), custaram R$ 71 milhões.


Segundo o governador Sérgio Cabral, o projeto das Bibliotecas Parque é pioneiro no país, já que reúne várias possibilidades de interação do público com a cultura.

- Estou muito feliz em entregar à cidade do Rio de Janeiro a Biblioteca Parque do Estado completamente renovada. É um projeto de Glauco Campello, contemporâneo, com o que há de mais moderno no que se refere a espaços públicos de cultura e arte no mundo. E aqui na Avenida Presidente Vargas. Nesta biblioteca, teremos o livro, uma viagem pela internet e pelo mundo da tecnologia. Esta biblioteca é, de fato, o epicentro de um novo projeto de conceito de biblioteca no Brasil - disse o governador.

O vice-governador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, ressaltou a importância do novo espaço cultural.


- Nós estamos entregando um patrimônio cultural que é a realização de mais um sonho do nosso governo. A Biblioteca Parque Estadual, além de ser um legado para o Rio de Janeiro, contribui para a revitalização do centro da cidade – disse Pezão.


A Biblioteca Parque Estadual, localizada na avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, ocupa 15 mil metros quadrados. O equipamento cultural oferece também aos seus usuários teatro com 240 lugares, estúdio de gravação, espaço para leitores especiais, auditório com 90 lugares, biblioteca infantil, além de salas onde serão oferecidas diversas oficinas e atividades culturais para jovens e adultos. A estrutura comporta ainda um bicicletário com 40 vagas, cafeteria, restaurante, jardim suspenso e pátio.


- A Biblioteca vai ajudar a humanizar o centro da cidade do Rio de Janeiro. Além disso, ela é a 'cabeça' de todo um sistema estadual de bibliotecas. Tem um acervo enorme e, certamente, será muito importante para estudantes universitários, da rede pública, secundaristas. Os moradores das comunidades da Providência e de Santa Teresa, além das pessoas que trabalham no centro ou pegam o trem da Central, poderão passar por aqui antes ou depois do trabalho. A ideia é que ela seja também um ótimo programa nos fins de semana para toda a família - explicou a secretária de Cultura, Adriana Rattes.

De acordo com o presidente da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio), Ícaro Moreno, o diferencial do espaço, que concorre à Certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) na categoria ouro, é a preocupação sustentável do projeto.

- Foi um trabalho árduo de quatro anos, recuperamos toda a biblioteca. O grande diferencial dela é a certificação internacional. Geramos 50 megawatts de energia solar, temos captação de água de chuva e toda a madeira é certificada. Isso tudo para consumir menos energia - afirmou Ícaro.

Aluna do 2º ano do Colégio Estadual Chico Anysio, Milana Prôa, de 16 anos, ficou 'maravilhada' com o que viu. 

- Está lindo, super moderno. Estou adorando. Acho que a beleza do lugar vai atrair muitos jovens - disse Milana.

Professora de inglês da unidade de ensino estadual, Regina Célia do Nascimento também aprovou a biblioteca.

- O espaço é amplo, muito clean. Ambientes confortáveis e um lugar tranquilo para se conviver - afirmou Regina.

Professora da Sala de Leitura do Centro Municipal de Referência de Educação de Jovens e Adultos (Creja), Solange Freitas da Mota destacou que o local será utilizado por seus alunos.

- A ideia é que tenhamos uma boa parceria com a biblioteca para trazer nossos estudantes. É um lugar de fácil acesso e cheio de atrativos - explicou Solange.


Para Maria da Glória Oliveira, de 46 anos, que estuda no Creja a biblioteca oferece oportunidades de aprendizado.

- Nunca havia estado em uma biblioteca. Estou deslumbrada - disse Maria.

Espaços de convivência e cultura

As bibliotecas parque são unidades multifuncionais, espaços culturais e de convivência que oferecem à população ampla acessibilidade à informação, com qualidade física, humana e de serviços. O programa tem como principais referências os modelos da Biblioteca de Santiago, no Chile, da Bibliothèque Publique d’Information do Centro Georges Pompidou, em Paris (com a qual tem um convênio), e das bem-sucedidas experiências implementadas em Medelín e Bogotá, na Colômbia.


Fazem parte da rede de bibliotecas parque as unidades de Manguinhos, Niterói e Rocinha. A próxima unidade inaugurada, ainda este ano, será no Complexo do Alemão. Também já está em construção a biblioteca da Mangueira. Em seguida, virão São Gonçalo e Lins de Vasconcelos. O plano é implementar pelo menos mais duas Bibliotecas Parque na Região Metropolitana e uma em cada região do estado.

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