segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Alunos da Uerj criam aplicativo para passageiros da SuperVia. Saibam mais:


  • Protótipo criado por estudantes de Ciência da Computação poderá informar horários dos trens e tempo de viagem pelo celular
A estudante Ana Claudia trabalha no desenvolvimento do aplicativo junto com um colega de turma Diretoria de Comunicação Social / UERJ
RIO - Imagine chegar numa das estações de trem da SuperVia e, por meio do celular, informar o seu destino e receber como resposta o horário de saída do trem, a plataforma de embarque e o tempo de duração da viagem. Se depender de uma dupla de estudantes de Ciências da Computação da Uerj, isso poderá virar realidade. Como trabalho de conclusão de curso, Ana Claudia Barros e Jaime Joaquim estão finalizando o protótipo do aplicativo “EasyTrain”, que promete todos esses recursos.
Os colegas receberam o desfio do próprio orientador, o professor Alexandre Rojas. Ele é especialista em sistema de inteligência em transporte e propôs a pesquisa ao identificar os problemas vivenciados pelos usuários deste serviço. Além de sua utilidade diária, a ferramenta faria toda a diferença em episódios como o do último dia 22, em que um trem descarrilou e o sistema ferroviário ficou paralisado por 13 horas.
- Nestes casos, percebemos que pior que a falta de trem é a desinformação dos passageiros. Com o aplicativo, as pessoas poderiam ser notificadas imediatamente sobre o problema e buscar transportes alternativos - afirma Ana Claudia.
O funcionamento é parecido com o popular "Easy Taxi", que permite aos passageiros acionar motoristas pelo celular. Além de emitir alertas de segurança sobre problemas ocorridos, orientação em caso de emergência ou atrasos nas linhas, o programa ainda poderá fornecer as características dos trens (direto, parador, com ou sem ar condicionado).
O projeto será apresentado à banca avaliadora do curso até o fim de março. Mas, como é um protótipo, ainda não pode ser utilizado de forma prática. Para seu pleno funcionamento, é necessária, por exemplo, a instalação de aparelhos de GPS em todos os trens da SuperVia. Também é preciso que seja montada uma central de distribuição das informações, conectada a uma base de dados.
Os estudantes trabalham no aplicativo há cerca de três meses e, atualmente, estão finalizando o layout do programa. Empolgados, eles esperam que alguma empresa compre a ideia e passe a disponibilizá-la gratuitamente aos usuários.
- O Rio está passando por um momento importante, com a chegada dos grandes eventos. Um aplicativo como este garantiria um atendimento melhor à população - diz Ana Claudia.
O orientador Alexandre Rojas garante que a ideia totalmente viável. Segundo ele, com um investimento de R$ 100 mil seria possível fazer uma implantação completa, incluindo detalhes como a instalação de banda larga nas estações para atender quem ainda não tem internet 3G no telefone.
- Seis meses seria tempo suficiente para colocar o aplicativo em funcionamento em toda a rede. Se houver interesse, é possível até mesmo disponibilizá-lo antes da Copa do Mundo, ainda que seja apenas nas principais estações - afirma.

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