sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Aluna primeiro lugar geral na Uerj vai estudar no IME - Instituto Militar de Engenharia.



  • Juliana Schneider fez o vestibular da estadual apenas como teste. Ela tirou nota máxima em duas das três discursivas

Juliana na cerimônia de admissão no IME Foto: Arquivo Pessoal
Juliana na cerimônia de admissão no IMEArquivo Pessoal
RIO - A estudante que ficou em primeiro lugar geral no Vestibular 2014 da Uerj não vai frequentar a instituição. Juliana Schneider Glasser, de 19 anos, já está matriculada no Instituto Militar de Engenharia (IME), onde foi aprovada com a 93ª posição. Em meio a uma rotina pesada de estudos, ela cumpriu o processo seletivo da Uerj só como treino, mas, mesmo assim, ficou com a maior pontuação.
Também foi aprovada na PUC, na Escola Naval e na Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (Efomm), Juliana sempre sonhou com o IME. Ela tentou em 2012, quando estava no 3º ano do pH, mas não teve sucesso. Em 2013, depois de fazer o cursinho pré-vestibular na mesma instituição de ensino, a estudante chegou lá.
Na Uerj, Juliana se inscreveu para Engenharia Mecânica. Na primeira fase, acertou 48 das 60 questões de múltipla escolha, obtendo conceito "A". Na etapa seguinte, composta pelo exame discursivo, tirou nota máxima (20) em cada uma das provas de habilidades específicas, Física e Matemática, e 18 na prova de Língua Portuguesa Instrumental com Redação. Com esse desempenho, ela conseguiu uma nota final de 98 pontos em um total de 100.
- Quando vi pela listagem que era o primeiro lugar no curso, já fiquei bastante surpresa. Realmente não poderia esperar que seria também o primeiro lugar geral. Mas não era meu objetivo entrar na Uerj. Fiz a prova como um teste mesmo. Mesmo se fosse a única aprovação, continuaria tentando entrar no IME - conta a jovem, filha de um taxista e uma advogada.
Por trás do resultado está uma rotina de estudos bastante intensa. Apaixonada por esportes como patinação, corrida e muay thai, Juliana abriu mão de todos eles para se dedicar a horas ininterruptas de preparação para as provas.
- Meu trajeto ao longo do ano foi de casa para o metrô e do metrô para o cursinho e vice-versa. As aulas começavam às 6h30m e só paravam às 20h30m. Ao chegar em casa, estudava enquanto tinha pique, inclusive aos sábados - conta.
Por trás de todo esse empenho, estava a decisão de não "perder" mais um ano. Lidar com toda essa pressão não foi fácil, desabafa Juliana:
- É muito estressante. Além do cansaço físico e mental, tem o emocional. Saber que são muitas pessoas tentando e que poucas vão passar deixa o clima em sala um pouco pesado, às vezes.
A aluna dava atenção maior às matérias que achava difíceis. Ela tinha também aliado importante nessa disputa: o colega Anderson Valões, de 22 anos, que tentava uma vaga no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
- Nessas horas, um amigo é muito importante. A gente se sentava perto, sempre um ajudando o outro - conta Juliana sobre o colega que também obteve sucesso nos concursos
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