28/10/2013 - 18:06h - Atualizado em 28/10/2013 - 18:06h
» Suzane Lima
Coordenador da Operação Lei Seca acredita que o debate do tema entre os jovens é positivo
Depois de ser retratada em filmes, novelas e livro, a Operação Lei Seca chegou ao Enem. O exame deste ano teve como tema da redação os “efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”. Para o major Marco Andrade, que coordena a Operação Lei Seca (OLS), a escolha da banca de professores do Enem é uma ótima oportunidade de discutir a importância de um trânsito seguro com os jovens. Ele alerta também que o tema foi a Lei 11.705, que foi aprovada pelo Congresso em 2008, e não só a política pública do Estado do Rio que tem como objetivo dar mais eficácia à regra.
- A banca trouxe para a mesa de discussão um tema de educação. Mais do que fazer com que os jovens escrevam sobre isso, eles criaram ainda mais capital de conscientização. Isso é educação pura. É o que fazemos todos os dias nas ruas – disse o major.
De acordo com o coordenador da OLS, os estudantes do Rio tiveram mais facilidade com tema justamente pela operação ter se tornado parte do cotidiano do estado. Além disso, o Governo faz palestras para os alunos do último ano do Ensino Fundamental e para os de Ensino Médio da rede estadual de educação.
- Acredito que os estudantes do Rio tiveram certo privilégio, porque o Rio respira esse cotidiano há mais de quatro anos - afirma o major, lembrando que a presença da operação nas novelas e filmes ajuda nessa propagação - afirmou o major.
Realizada há quatro anos, a Operação Lei Seca faz 47 ações de fiscalização por semana em todo o estado. Nesse período, os motoristas flagrados dirigindo sob o efeito de álcool caiu 50%. Das 313 mil pessoas que pararam nas blitzes que acontecem todas as noites, 89,83% tiveram resultado negativo ao soprar o etilômetro.
Tema do Enem, Lei Seca tornou-se mais rigorosa no fim de 2012
Tolerância de álcool no bafômetro, prevista em 2008, caiu no ano passado.
Novo texto também ampliou meios de se comprovar embriaguez ao volante.
A Lei Seca, tema da redação do Enem deste ano, tornou-se mais rígida no final de 2012, a partir de um projeto aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidente Dilma Rousseff. A atualização da lei determinou, por exemplo, que nenhuma quantidade de álcool no bafômetro seria tolerada pela autoridade policial. Antes, o motorista não levava multa se fosse flagrado com até 0,1 miligramas de álcool por litro de ar no pulmão.
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Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a chamada Lei Seca ao volante começou em 2008, com a aprovação da lei 11.705, que modificou o Código de Trânsito Brasileiro. O texto previa "impor penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob a influência do álcool". A lei estabelecia que o motorista cometeria infração e receberia multa se fosse flagrado no bafômetro com mais de 0,1 miligramas de álcool por litro de ar. Determinava também que o motorista incorreria em crime se o bafômetro apontasse mais de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar.
Em 2012, um novo texto, que alterava pontos da Lei Seca, foi aprovado para torná-la mais rígida. A nova lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro do ano passado.
Com a nova regra, que depois foi regulamentada por resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a tolerância para aplicação da multa em caso de o motorista ter ingerido álcool passou a não existir. Se o bafômetro apontar qualquer quantidade de álcool no organismo do motorista, ele será multado. A concentração de álcool que caracteriza crime continua sendo de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar.
O principal ponto do texto da nova Lei Seca é a ampliação das possibilidades de provas, consideradas válidas no processo criminal, de que o condutor esteja alcoolizado. Além do teste do bafômetro ou do exame de sangue, passam a valer também "exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova admitidos em direito".
De acordo com o texto, não será mais necessário que seja identificada a embriaguez do condutor, mas uma "capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência".
Um dos principais pontos trazidos pela nova Lei Seca é a ampliação das possibilidades de provas, consideradas válidas no processo criminal, de que o condutor esteja alcoolizado. Além do teste do bafômetro ou do exame de sangue, passam a valer também "exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova admitidos em direito".
De acordo com o texto, não será mais necessário que seja identificada a embriaguez do condutor, mas uma "capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência".
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