Seu Valdir superou a pobreza e a doença da mulher e conquistou diploma universitário
Por
FRANCISCO ALVES FILHO
Rio - Essa é daquelas
histórias que servem de incentivo para quem acha que seus objetivos são
muito difíceis de alcançar. De família pobre e desde cedo trabalhando
duro em várias funções para sobreviver (atuou em lapidação, em gráfica,
foi motorista e carregador), Valdir de Lima não teve tempo de estudar.
Por causa disso, manteve-se sem saber ler e escrever até os 65 anos de
idade.
Isso não impediu que se apaixonasse pela carreira de História (Veja um vídeo sobre o curso).
"Foram minha mulher e meus filhos que me ajudaram a ler. Comprava
jornais, revistas e livros e ficava encantado com a história das
pessoas, dos lugares", conta ele. Aos poucos, foi aprendendo mais com as
aulas do Telecurso 2000. "Sou autodidata", orgulha-se.
Resolveu ir mais longe. Fez o Ensino Médio e depois
matriculou-se no curso de História da Universidade Estácio de Sá. Por 8
anos, dividiu o tempo entre a sala de aula da universidade e o quarto de
hospital onde sua mulher estava internada. Ela teve que tirar um rim e
acabou falecendo, depois de uma convivência de 56 anos. Mesmo sem sua
maior incentivadora ao seu lado, Seu Valdir continuou os estudos.
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